Sedentarismo e dieta: fatores de risco para transtornos mentais comuns

Recentemente, um estudo do Grupo de Pesquisa em Avaliação do Consumo Alimentar da USP destacou a conexão entre sedentarismo e dietas pró-inflamatórias com os Transtornos Mentais Comuns (TMC) em mulheres acima de 40 anos. Esses transtornos incluem condições como depressão e ansiedade que não apresentam casos de psicose.

O estudo investigou o impacto de dietas pró-inflamatórias, caracterizadas por alimentos ricos em gordura saturada e carboidratos simples, e a baixa atividade física, em combinação com TMC e doenças crônicas como hipertensão e diabetes. Esses dados foram coletados a partir do projeto ISA-Nutrição 2015, financiado pela Fapesp.

O índice inflamatório dietético e sua importância

O potencial inflamatório da dieta foi avaliado usando o Índice Inflamatório Dietético (IID). Este índice considera tanto a quantidade quanto a qualidade dos nutrientes na alimentação. Frutas, vegetais, e óleos vegetais como o azeite de oliva são vistos como alimentos anti-inflamatórios.

Por outro lado, alimentos ricos em gordura saturada, como a carne vermelha, e carboidratos simples, como aqueles à base de farinha branca, são vistos como pró-inflamatórios. O objetivo, segundo o estudo, é não apenas evitar esses alimentos, mas também aumentar a ingestão de alimentos com propriedades anti-inflamatórias, promovendo um equilíbrio dietético.

Qual o papel da atividade física na prevenção dos transtornos mentais?

A atividade física regular desempenha um papel crucial na prevenção dos transtornos mentais. Conforme a OMS, é recomendado que adultos pratiquem pelo menos 150 minutos de atividade física semanalmente. O estudo categorizou participantes como ativos ou sedentários com base nessa referência.

Mulheres que praticavam níveis adequados de atividades físicas demonstraram menor prevalência de TMC. A atividade física ajuda na regulação do sistema imunológico e na melhoria do metabolismo antioxidante. Porém, é importante ressaltar que o excesso de exercícios pode ter um efeito pró-inflamatório.

Imagem de homem sedentário – Créditos: depositphotos.com / txking

Inflammaging e suas implicações para mulheres acima de 40 anos

O fenômeno conhecido como inflammaging, que combina envelhecimento e inflamação crônica de baixo grau, é particularmente relevante para mulheres próximas à menopausa. Este processo pode contribuir para a manifestação de TMC, destacando a importância de cuidar da saúde mental e inflamatória nesta faixa etária.

Estudos recentes focam no eixo intestino-cérebro, sugerindo que a saúde intestinal influencia a neuroinflamação, potencialmente impactando transtornos mentais. Alimentação e exercícios são fundamentais na modulação dessas respostas inflamatórias.

Estratégias para reduzir o risco de transtornos mentais comuns

Para mitigar os riscos associados a TMC, é fundamental adotar um estilo de vida que combine uma dieta balanceada com prática regular de atividades físicas. Minimizar a ingestão de alimentos processados e ricos em gorduras saturadas, e aumentar o consumo de alimentos frescos e anti-inflamatórios, pode contribuir significativamente para a saúde mental.

  • Aumentar o consumo de frutas, legumes e óleos vegetais.
  • Praticar exercícios físicos moderados regularmente.
  • Evitar dietas altamente processadas e industrializadas.

Assim, a pesquisa sugere que ajustes na rotina alimentar e de atividade física podem desempenhar um papel chave na prevenção de transtornos mentais, especialmente em mulheres após os 40 anos.

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