Ministro culpa Haddad após recuo sobre o monitoramento do Pix; entenda

O ministro dos Transportes, Renan Filho, manifestou insatisfação com a decisão do governo de revogar a portaria que ampliava o monitoramento das transações feitas por meio do Pix pela Receita Federal. Ele acredita que a administração federal cedeu indevidamente à pressão da opinião pública e de grupos opositores, considerando que possuía argumentos sólidos para sustentar a medida.

Renan Filho argumenta que um debate mais extenso poderia ter evitado a revogação. Para ele, a política requer persistência e comunicação eficaz para convencer a população, especialmente em momentos em que acredita-se estar do lado certo da verdade. A revogação foi vista como uma ação precipitada e desproporcional.

Como o ministro analisa a influencia da decisão?

Haddad / Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

Segundo o ministro, o impacto da opinião pública foi significativo na decisão do governo de recuar. Ele afirma que o vídeo publicado por Nikolas Ferreira nas redes sociais, alcançando milhões de visualizações, foi um dos catalisadores para a reação pública. A sociedade civil, usando plataformas digitais, manifestou-se fortemente contra o controle ampliado das transações Pix, refletindo um claro descontentamento com a iniciativa.

Renan Filho destacou que a resposta do governo poderia ter sido mais assertiva, usando as mesmas ferramentas digitais para combater informações incorretas e retomar o controle da narrativa. Contudo, segundo ele, faltou disponibilidade e engajamento efetivo para contrapor as inverdades apresentadas.

Por que o governo enfrentou dificuldades na comunicação?

O ministro Renan Filho sugere que o governo não conseguiu utilizar de maneira efetiva as ferramentas e técnicas digitais modernas para desmentir as afirmações imprecisas circuladas nas redes sociais. Ele critica a ausência de ações contínuas e estruturadas para enfrentar tal desinformação, frisando que algumas campanhas pontuais, como vídeos com líderes populares, não foram suficientes para reverter a situação.

A necessidade é de uma comunicação constante e bem direcionada, com presença ativa na arena digital, abordando desinformações e fortalecendo as decisões governamentais perante o público.

“O problema é que mentira na rede precisa ser combatida com disponibilidade. Não é que o governo não tenha capacidade. O governo não atua. Enquanto Nikolas dedica dez horas por dia para gravar vídeo, quantas horas Haddad grava? Haddad tem muito mais credibilidade, mas tem que usar a ferramenta adequada, fazer um ‘react’, que é o que se usa para descredibilizar quem está mentindo. Tem que ser alguém que as pessoas conheçam, com autoridade moral para falar”, disse Renan Filho.

Como o governo pretende lidar com situações semelhantes no futuro?

Diante das pressões e desafios apresentados, o governo Lula busca aprender com os erros para implementar medidas mais eficazes de comunicação e gestão de crises. A administração reconhece a importância de uma abordagem proativa ao lidar com crises e informações públicas, buscando estratégias para melhorar o diálogo com a sociedade.

Esse aprendizado abrange não apenas o aperfeiçoamento da comunicação digital, mas também uma análise cuidadosa das políticas implementadas, para assegurar que sejam compreensíveis e aceitas pelo público, minimizando necessidades de recuos repentinos.

O post Ministro culpa Haddad após recuo sobre o monitoramento do Pix; entenda apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.