Pix: transações registram maior queda em janeiro após polêmica sobre monitoramento

O mês de janeiro de 2025 apresentou uma queda significativa no uso do sistema de pagamento instantâneo Pix, com uma redução de 15,3% em comparação a dezembro de 2024. Este foi o maior declínio registrado desde a implementação do Pix pelo Banco Central em 2020. Em um período marcado por notícias falsas, especulações sobre possíveis novas taxas contribuíram para incitar desconfiança entre os usuários do serviço.

A análise dos dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) revelou que, nos primeiros 14 dias de janeiro, foram realizadas 2,286 bilhões de operações, comparadas a 2,699 bilhões no mesmo período do mês anterior. Essa tendência de queda foi observada em outros anos, embora não com a mesma intensidade de agora.

Como as transações via Pix foram impactadas em 2025?

Fernando Haddad / Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal/Wikimedia Commons

Uma série de fatores pode explicar a diminuição do uso do Pix nesse início de ano. Além das variações sazonais tipicamente observadas, a disseminação de informações incorretas sobre possíveis tributações provavelmente contribuiu para essa queda. Apesar dos desmentidos oficiais, como a nota esclarecedora da Receita Federal e declarações do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a incerteza pode ter afetado a confiança dos usuários no sistema.

Adicionalmente, uma medida recentemente implementada amplia a fiscalização sobre transações realizadas via Pix e cartões de crédito, visando um monitoramento mais rigoroso que poderá ter desincentivado o uso por alguns indivíduos e empresas.

Quais são as novas regras de fiscalização sobre o Pix?

As mudanças incluem a introdução de novas regras pela Receita Federal, as quais ampliam o monitoramento das transações financeiras. Esse monitoramento agora pode incluir operadoras de cartões, aplicativos de pagamento e bancos digitais. As instituições financeiras são responsáveis por informar transações a partir de R$ 5 mil para pessoas físicas, e R$ 15 mil para empresas, sem coletar dados pessoais dos emissores e destinatários.

Para os usuários comuns, as mudanças não requerem ações adicionais. As instituições financeiras se encarregarão de fornecer as informações necessárias ao Fisco por meio de uma declaração semestral. Não haverá qualquer aumento de tributação, conforme afirmado repetidas vezes pelos órgãos governamentais.

O aprimoramento no monitoramento financeiro visa reduzir inconsistências entre as movimentações realizadas e as informações declaradas, promovendo assim uma maior eficiência no sistema tributário.

Quando as novas regras de fiscalização entraram em vigor?

As novas diretrizes para monitoramento de transações financeiras passaram a vigorar em 1º de janeiro de 2025. Este movimento procura acompanhar a crescente digitalização dos pagamentos e o consequente aumento das transações eletrônicas, reforçando a infraestrutura tributária para um contexto economicamente mais digitalizado e complexo.

A supervisão ampliada pode ser vista como parte de um plano estratégico maior para assegurar a conformidade tributária e mitigar o risco de evasão fiscal no cenário econômico moderno, que tem na tecnologia um de seus pilares essenciais.

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