Reviravolta: novos acontecimentos no caso do arroz envenenado pode inocentar vizinha

Na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí, o envenenamento de uma família chocou a comunidade local, levando a uma reavaliação de casos passados. Um incidente recente resultou na morte de um adolescente de 17 anos, um bebê de 1 ano e 8 meses e uma menina de 3 anos, renovando as investigações de mortes similares ocorridas em agosto de 2024. Entenda o impacto na prisão da vizinha.

A reabertura deste inquérito levantou novas evidências que modificaram o curso das investigações. Inicialmente, a vizinha da família, presa por suspeita de envolvimento no envenenamento de duas crianças anteriores, passou a ser vista como possível inocente. A perícia revelou que os cajus que os meninos de 7 e 8 anos consumiram estavam livres de veneno.

Como se Envolvem os Novos Fatos nos Inquéritos?

Crianças envenenadas/Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil estabeleceu uma conexão entre os eventos de 2024 e 2025 ao identificar um padrão nas mortes. O bebê, uma das vítimas mais recentes, era irmão das crianças que morreram anteriormente, o que trouxe luz sobre quem poderia realmente ser o responsável por esses terríveis incidentes.

Conforme avançam as investigações, o padrasto das crianças emergiu como o principal suspeito. Testemunhas e novas declarações apontam para a presença dele na residência na ocasião em que os sintomas se manifestaram nos infantes, contradizendo declarações anteriores.

Como o Laudo Pericial Pode Impactar a Prisão da Vizinha?

O mais recente laudo pericial foi determinante na mudança das suspeitas. O relatório concluiu que os cajus supostamente envenenados não continham chumbinho, o veneno inicialmente suspeito de ter causado as mortes. Essa descoberta desencadeou a revisão das acusações contra Lucélia Maria Gonçalves, a vizinha inicialmente presa.

O delegado Abimael Boxe, responsável pela investigação, revelou ao Metrópoles que “hoje daremos início às reinquirições relacionadas ao caso anterior. Observa-se um modus operandi semelhante em ambas as situações”. A apuração aponta o padrasto das crianças como o principal suspeito dos dois episódios de envenenamento.

“No que diz respeito ao inquérito anterior, novas diligências serão realizadas. Contudo, já temos evidências de que, ao contrário do relato inicial de Francisco [padrasto das crianças], ele estava presente na residência antes do surgimento dos primeiros sintomas nas vítimas”, declarou o delegado.

Com os novos desdobramentos, a Polícia Civil considera a possibilidade de inocência da mulher que está presa há cinco meses, acusada de envenenar dois irmãos de 7 e 8 anos em Parnaíba, no estado do Piauí.

O laudo pericial dos cajus que, supostamente, continham veneno e foram consumidos pelos meninos antes de falecerem foi divulgado na última quinta-feira (9/1). A análise não identificou a presença de substâncias tóxicas na fruta, contrariando a acusação de que Lucélia Maria Gonçalves, vizinha da família, teria utilizado chumbinho no alimento.

O Ministério Público do Piauí informou ao Metrópoles que, na sexta-feira (10/1), requisitou a revogação da prisão de Lucélia. O órgão agora aguarda a decisão da Justiça sobre o pedido.

Quem Foram as Vítimas dos Envenenamentos?

  • Manoel Leandro da Silva, 18 anos, enteado de Francisca Maria.
  • Igno Davi da Silva, 1 ano e 8 meses, filho de Francisca Maria.
  • Lauane da Silva, 3 anos, filha de Francisca Maria.
  • Francisca Maria da Silva, 32 anos, mãe de Lauane e Igno Davi, irmã de Manoel.
  • Uma menina de quatro anos internada, filha de Francisca Maria.
  • Uma adolescente de 17 anos, irmã de Manoel, que recebeu alta.
  • Maria Jocilene da Silva, 32 anos, vizinha, que também recebeu alta.
  • Um menino de 11 anos, filho de Maria Jocilene, que recebeu alta.

O desenrolar das investigações agora foca em um suposto padrão de comportamento e as motivações por trás dos eventos ocorridos em Parnaíba. Com as reinquirições em andamento, agentes esperam solidificar o caso contra o padrasto das crianças e esclarecer os mistérios restantes. Manter a justiça para as vítimas e suas famílias é a principal prioridade, enquanto as decisões judiciais avançam com base nas recentes descobertas.

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