Nova regra do Pix: Impactos nas doações e ganhos de trabalhadores informais

No atual cenário econômico de 2024, as regras para a fiscalização das transações financeiras passaram a abarcar com mais detalhe operações realizadas por meio de cartão de crédito e transações digitais. As instituições deverão comunicar à Receita Federal sobre transações que, em soma, ultrapassem R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas mensalmente.

Anteriormente, o relatório fornecido pelos bancos limitava-se a R$ 2 mil para pessoas físicas e R$ 6 mil para empresas. A atualização impõe que transações via TED, DOC, e agora também pelo uso de cartão de crédito, sejam incluídas nestes relatórios. Esse processo de envio será realizado de forma semestral, o que permitirá à Receita intensificar a fiscalização e cruzamento de dados informados.

Como as Novas Regras Afetam os Trabalhadores Informais?

Trabalhadores informais, como costureiros, fotógrafos e motoristas de aplicativo, precisarão atentar-se a essas mudanças. A Receita Federal exige que os rendimentos anuais que ultrapassem R$ 26.963,20 sejam informados na declaração de Imposto de Renda de 2025. Mesmo pequenos recebimentos, quando somados, podem gerar a necessidade de declaração.

Esses trabalhadores são aconselhados a formalizar suas atividades, por exemplo, transformando-se em microempreendedores individuais (MEI). Assim, poderão fazer uso do Carnê Leão para calcular e pagar seus tributos, assegurando a regularidade fiscal diante do Fisco.

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Saiba o que fazer em relações aos Pix recebidos – Créditos: depositphotos.com / VIZAFOTO

O que Fazer em Casos de Empréstimos Familiares?

Empréstimos entre familiares são uma prática comum no Brasil, mas é importante estar atento às obrigações fiscais relacionadas a essas transações. Abaixo, veja o que deve ser feito em casos de empréstimos familiares para evitar problemas com a Receita Federal:

  1. Registrar a Transação no Imposto de Renda: Tanto o credor quanto o devedor devem declarar corretamente o empréstimo em suas declarações de Imposto de Renda, detalhando o valor emprestado e o pagamento.
  2. Evitar Discrepâncias nos Bens Declarados: A Receita Federal pode questionar o aumento de bens ou rendimentos desproporcionais. Manter um registro adequado das transações pode evitar questionamentos.
  3. Reconhecimento de Dívida e Crédito: O valor emprestado deve ser considerado uma dívida para quem recebe e um direito de crédito para quem empresta, o que precisa ser registrado corretamente nas declarações fiscais.
  4. Comprovar o Empréstimo: É importante ter documentação que comprove o empréstimo, como contrato ou comprovantes de transferências bancárias, para garantir a transparência e a legalidade da transação.
  5. Cumprir as Regras de Tributação: Embora não haja tributação direta sobre o empréstimo, é essencial que as transações sejam registradas corretamente para evitar problemas com a Receita Federal.

Como Regularizar Doações Feitas por Pix?

Com a popularização do Pix, muitos têm se valido dessa tecnologia para realizar doações. Seja para financiar uma viagem ou ajudar com despesas escolares, como ocorre na relação entre avós e netos, é possível que essas operações sejam tributadas a nível estadual, já que os tributos sobre doações são de responsabilidade de cada estado.

É vital que tanto quem doa quanto quem recebe registrem esses valores em suas declarações de Imposto de Renda, protegendo-se de eventuais cobranças estaduais. As alíquotas variam bastante conforme a localização do contribuinte, podendo ser isentas em alguns estados como o Rio de Janeiro, até limites específicos de transação.

Quais as Implicações de Monitorar Gastos com Cartão de Crédito?

A nova normativa também requer atenção para os gastos pagos por outras pessoas via cartão de crédito. Casos em que um ente familiar auxilia financeiramente outro devem ser registrados nas declarações fiscais. Assim, mesmo que não haja incidência de tributo federal sobre esses valores, é necessário assegurar o cumprimento das obrigações a nível estadual.

Siga essas diretrizes nas declarações para estar em conformidade com as regulamentações federais e evitar problemas futuros. O monitoramento intensificado das transações promete trazer um rigor maior na fiscalização tributária, refletindo-se em um cenário de maior transparência nas relações financeiras.

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