Vacinação e assistência farmacêutica dominam compras do Ministério da Saúde

Levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, enviado ao JOTA, mostra que compras destinadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI), sobretudo no auge da pandemia do coronavírus, dominaram as maiores compras do órgão entre janeiro de 2020 e o fim de maio de 2024. Na soma desse período, a vacina contra a Covid-19 foi o produto com maior gasto homologado pelo ministério, pois mobilizou a aprovação de gastos superiores a R$ 7,6 bilhões: R$ 694 milhões com o Instituto Butantan e R$ 7 bilhões com a Pfizer.

Confira aqui planilha com os gastos detalhados do Ministério da Saúde.

Se considerados os maiores gastos com produtos nesse período (2020-2024), a vacina da Influenza aparece em segundo lugar, pois mobilizou R$ 3,7 bilhões do Ministério da Saúde – tudo adquirido do Instituto Butantan. Outra vacina aparece no ranking do ministério de dez maiores despesas por produtos: a 5ª maior despesa foi com a vacina meningocócica C, que mobilizou R$ 1,6 bilhão e foi adquirida da Fundação Ezequiel Dias.

Esta notícia foi antecipada em 19/7 na newsletter ‘Bastidores da Saúde’. Com notícias direto da Anvisa e da ANS, o JOTA PRO Saúde entrega previsibilidade e transparência para empresas do setor. Conheça!

Chama atenção, no entanto, que a 3ª maior despesa por produto tenha sido com eculizumabe, medicamento para tratar Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), uma doença rara. Somente com esse medicamento o órgão gastou R$ 2,6 bilhões. Das 9 aquisições, neste caso, quatro foram impostas por ordens judiciais.

Tiveram também destaque gastos com insulina de origem humana (R$ 1,3 bilhão) e imunoglobulina humana (R$ 1,1 bilhão).

Procurado para comentar os gastos, o Ministério da Saúde informou que “dentre as maiores compras realizadas pelo Ministério da Saúde, do ponto de vista do valor global, estão aquelas destinadas ao Programa Nacional de Imunização, em atendimento ao Calendário Nacional de Vacinação. Compras para a assistência farmacêutica dos estados e municípios também estão entre as maiores. Anualmente, insumos como a insulina e a imunoglobulina costumam estar entre os maiores contratos. Há, ainda, os contratos firmados para o atendimento de pacientes com doenças raras, por determinação judicial”.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.