Pena de 40 anos é mantida para condenado por assalto a carro-forte que resultou na morte de PM e seis suspeitos


Crime aconteceu na região de Pequizeiro, em 2019, e homem fazia parte de grupo conhecido como “Quadrilha dos Pipocas”. Ele foi o único sobrevivente do primeiro confronto com policiais e está preso desde 2020. Sargento Américo Gama morreu após ser baleado por criminosos no ano de 2019, em Pequizeiro, no Tocantins
Arquivo Pessoal
Um dos condenados pela participação no assalto a um carro-forte e outros crimes que levaram à morte do sargento Deusdete Américo Gama, de 53 anos, teve a pena de mais de 40 anos de prisão mantida pela Justiça. Seis suspeitos de integrarem grupo criminoso também morreram após confrontos com policiais.
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O crime aconteceu na região de Pequizeiro, no ano de 2019. O condenado, juntamente com integrantes deu um grupo denominado como “Quadrilha dos Pipocas”, do estado do Ceará, tentaram abordar o carro de transporte de valores, mas o motorista conseguiu escapar após ‘atropelar’ o veículo dos suspeitos.
O nome do condenado não foi divulgado, por isso o g1 não conseguiu contato da defesa.
O grupo também explodiu uma agência bancária de cidade. Na fuga, eles entraram em confronto e o policial Deusdete, do Batalhão de Choque, foi atingido por tiros e morreu. Na época, um cerco policial foi montado e durou 15 dias de buscas aos criminosos.
Criminosos explodiram banco para atrair a polícia
Divulgação
A sentença que determinou a pena de 40 anos, 5 meses e 15 dias de prisão do acusado foi publicada no dia 9 de maio de 2023, pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Colméia.
De acordo com o Tribunal de Justiça, em uma das ações criminosas, a quadrilha tentou abordar o carro-forte, mas o motorista teria jogado o veículo para cima do carro em que os suspeitos estavam. Eles acabaram saindo da estrada e para escapar, renderam um homem que estava de moto e passava no local.
Um dos integrantes do bando usou a moto para roubar outro veículo. Na oportunidade ele ainda levou R$ 4,2 mil e os celulares do condutor do carro.
A ação ainda informou que o grupo invadiu uma fazenda na região de Pequizeiro, rendeu os funcionários e obrigou um deles a atravessá-los de carro por uma barreira policial que estava montada. Depois disso, a Quadrilha dos Pipocas fugiu para uma região de mata.
O homem condenado em maio do ano passado é apontado como autor dos disparos que mataram o sargento Deusdete no primeiro cerco militar aos suspeitos escondidos na mata. Ele foi o único a escapar com vida. Mais de 200 policiais participaram das buscas aos criminosos e em seis suspeitos morreram em confrontos.
Na terça-feira (25), a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça rejeitou o recurso da defesa do condenado e manteve a pena.
Ele está preso desde 2020, quando foi encontrado durante operação policial realizada em Belém (PA) denominada “Américo Gama”, em homenagem ao nome do policial morto.
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Outras condenações
Na mesma sentença estão as condenações de dois tocantineses que ajudaram os criminosos durante a execução dos crimes. Um deles tem 48 anos e é Guaraí. O outrom de 42 anos, e um agrucultor de Rio dos Bois.
Eles receberam a pena de 3 anos, 10 meses e 11 dias de prisão, em regime aberto, e pagamento de 10 dias-multa, pela acusação de terem dado suporte logístico para o grupo criminoso.
Recurso
O TJ informou que a defesa do condenado entrou com recurso para pedir a absolvição ou diminuição da pena. A alegação era de que não há provas suficientes para a condenação do réu. Segundo a defesa, ele teria ajudado a resgatar os envolvidos acuados na mata, sendo que um deles era seu cunhado.
Entretanto, o juiz Jocy Gomes de Almeida, relator do caso, considerou que a tese da defesa não procede e que a investigação chegou até após quebra de sigilo telefônico. Em conversas com familiares, teria se confirmado a participação dele nos crimes e até em reuniões para tratar do assalto em sua própria casa, em Belém.
Além disso, o juiz ainda citou que familiares decidiram não contratar advogados para ele, para que a notícia das mortes dos suspeitos não caracterizassem que ele estava na cena do crime.
O Tribunal explicou que a decisão colegiada teve o voto dos desembargadores Marco Villas Boas e Eurípedes Lamounier pela rejeição do recurso da defesa e manteve a sentença de maio de 2023.
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