Motorista de BMW preso após acidente fatal com criança tem histórico de embriaguez ao volante


O empresário foi preso com sinais de embriaguez em Bragança Paulista, no domingo (23), após o carro de luxo que ele dirigia colidir com um Gol. Uma criança de quatro anos morreu e outros quatro ocupantes do Gol se feriram. Motorista de BMW preso após acidente fatal em Bragança Paulista (SP)
Imagem cedida/Filipe Granado
O motorista da BMW preso em flagrante após um acidente que causou a morte de uma criança de quatro anos, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, tem histórico de embriaguez ao volante.
O acidente aconteceu no último domingo (23). A vítima fatal estava em um Gol, que foi atingido pela BMW em uma rodovia da cidade. Além da criança de quatro anos, outros quatro ocupantes do Gol ficaram feridos, sendo que dois seguiam internados – leia mais detalhes abaixo.
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Após o acidente, o empresário Luiz Paulo Franco Del Corso, identificado como motorista da BMW, foi preso em flagrante, pois apresentou ‘sinais claros de embriaguez’, segundo o boletim de ocorrência.
Criança de quatro anos morre em acidente com carro de luxo dirigido por motorista embriagado no interior de SP
Reprodução/Jornal Mais Bragança
O homem de 36 anos, que não tinha permissão para dirigir, se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas os policiais notaram forte odor etílico, fala pastosa, olhos avermelhados e exaltação – foi necessário, inclusive, o uso de algemas para contê-lo.
Esse, porém, não foi o primeiro caso de embriaguez ao volante de Luiz Paulo. Na própria audiência de custódia, realizada na segunda-feira (24), a juíza Mariane Cristina Maske de Faria Cabral considerou que “o custodiado já foi condenado por embriaguez ao volante por três vezes sendo que, na última, foi condenado a regime inicial semiaberto. Soma-se a isso o fato de que não estava autorizado a dirigir naquele momento e mesmo assim o fez.”
Câmera de segurança flagra momento do acidente fatal em Bragança Paulista, SP
A Rede Vanguarda teve acesso a dois dos casos envolvendo Luiz Paulo. O primeiro deles aconteceu em 26 de outubro de 2013, em Socorro (SP), onde ele mora. De acordo com o boletim de ocorrência, o homem foi flagrado por guardas municipais dirigindo alcoolizado na Avenida Brasil.
Em denúncia oferecida à Justiça, o Ministério Público relatou que o “exame de dosagem alcoólica feito no motorista apresentou concentração de dois gramas de álcool por litro de sangue, estando, portanto, com a capacidade psicomotora alterada.”
O limite permitido no teste do bafômetro é de 0,05 miligramas. Na defesa, Luiz Paulo alegou que fazia tratamento para dependência química.
A juíza Érica Silveira de Moraes Brandão condenou o empresário a seis meses de detenção em regime aberto. A pena foi convertida a prestação de serviços à comunidade e suspensão do direito de dirigir pelo mesmo período.
Na ocasião, o advogado de Luiz Paulo recorreu da decisão, mas o pedido foi negado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
No outro caso que a reportagem teve acesso, o homem foi detido no dia 20 de fevereiro de 2020, na rua João Leornadelli, também em Socorro.
Segundo o boletim de ocorrência, guardas municipais foram acionados para atender uma ocorrência de acidente de trânsito envolvendo uma pessoa embriagada, que havia chocado um Gol na traseira de um Polo.
O documento cita ainda que Luiz Paulo, que dirigia o Gol, foi encontrado com sinais de embriaguez e confirmou que havia ingerido bebida alcoólica.
Na sentença, a juíza Fernanda Yumi Furukawa Hata destacou que o exame toxicológico constatou a concentração de 3,7 gramas de álcool por litro de sangue. Além disso, ela citou que a condição foi comprovada pelo depoimento de testemunhas.
Nesse caso, Luiz Paulo foi condenado a sete meses de detenção em regime semiaberto, multa e dois meses e nove dias de suspensão da Carteira Nacional de Habilitação.
O motorista também alegou “que fazia tratamento para dependência química, que estava arrependido e que pagou os danos das vítimas.”
O g1 fez contato com a defesa de Luiz Paulo Franco Del Corso, que informou que irá se manifestar apenas por meio de nota. A reportagem será atualizada assim que a manifestação for enviada à redação.
Justiça mantém prisão de motorista de carro de luxo
Acidente em Bragança Paulista
Uma criança de 4 anos morreu em um acidente entre dois carros em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, na noite de domingo (23). A vítima foi identificada como Valentina Oliveira da Veiga.
Valentina Oliveira da Veiga, vítima do acidente em Bragança Paulista
Arquivo pessoal
O acidente aconteceu por volta das 20h30, próximo ao quilômetro 93 da rodovia Capitão Bardoíno, na altura do bairro Parque dos Estados.
O motorista de um dos carros – uma BMW – foi preso em flagrante com sinais de embriaguez. Luiz Paulo Franco Del Corso, de 36 anos. Ele consta no boletim de ocorrência como indiciado.
O Gol atingido pela BMW tinha cinco ocupantes e era dirigido por um homem de 26 anos, que estava na companhia de sua esposa, de 31 anos. Havia ainda três passageiras: uma adolescente de 14 anos – filha da mulher – e duas meninas, de quatro e dois anos – filhas do casal.
Criança de quatro anos morre em acidente com carro de luxo dirigido por motorista embriagado no interior de SP
Reprodução/Jornal Mais Bragança
A menina de quatro anos não resistiu aos ferimentos provocados pelo acidente e morreu. A irmã mais nova dela, de dois anos, e a mãe, de 31, foram resgatadas em estado grave.
Elas foram encaminhadas ao Hospital Universitário São Francisco. A unidade não divulga o estado de saúde dos pacientes, mas o g1 apurou que as duas vítimas seguem internadas.
Os outros dois ocupantes do carro – o motorista de 26 anos e a adolescente de 14 – estão bem e não correm risco de morrer.
A família é de Monte Morte (SP), cidade na região de Campinas, e voltava de um passeio quando o acidente aconteceu.
O caso será investigado no 1° DP de Bragança Paulista.
“Vamos trabalhar no sentido de ouvir os demais ocupantes do outro veículo acidentado, analisar os laudos periciais relacionados a exame de corpo delito e a perícia no local dos fatos. Vamos atrás de imagens e novas oitivas”, afirma a delegada Nagya Cássia de Andrade.
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