É necessário assumir o protagonismo para ações sustentáveis

O desafio de equilibrar a balança entre produzir e os consequentes impactos ambientais deve estar na pauta de todas as empresas e instituições. Presenciamos, ano após ano, diversas crises climáticas que se intensificam e alterações jamais vistas em relação ao clima e fenômenos naturais. Mais do que refletir, é essencial assumirmos um papel ativo nessa missão, promovendo ações efetivas e ampliando a conscientização em toda a sociedade. Mas como transformar essa reflexão em atitude?

É certo que toda interferência humana gera impactos no equilíbrio natural. Desde que o homem deixou de ser nômade e passou a se estabelecer em algum lugar, criando animais, cultivando plantas, houve mudanças ambientais importantes. Atualmente somos 8,5 bilhões de habitantes que precisam se alimentar e este número, segundo estudos da ONU, chegará aos 10 bilhões nas próximas décadas.

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Se o exemplo incentiva, é com ações e resultados concretos que vamos mostrar que a sustentabilidade não pode ser encarada como um obstáculo ao desenvolvimento, pelo contrário. Trata-se de necessidade estratégica para a agricultura, a segurança alimentar e a longevidade dos negócios.

A adoção de modelos produtivos mais limpos, com o uso eficiente de recursos naturais, impulsionados com ações de logística reversa e da economia circular, reduzem significativamente a pegada ambiental das empresas. Outro ponto que deve ser levado em consideração é a necessidade de investir em inovação e tecnologia para que a agricultura seja cada vez mais sustentável.

Por exemplo, a alta tecnologia na agricultura permite que hoje um hectare com produção de milho atinja uma produção de até 30 mil quilos em detrimento de 5.000 quilos por hectare de uma produção de milho com baixa utilização de tecnologia.

Visualizo na prática os benefícios dessa postura responsável. Hoje lidero uma entidade que trabalha com o propósito da sustentabilidade: O inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) foi criado há mais de 20 anos para solucionar o problema da destinação ambiental correta das embalagens vazias de defensivos agrícolas.

Com muito planejamento, estudo, engajamento e união entre os elos da cadeia agrícola, celebramos recentemente o marco das 800 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos que foram destinadas  de maneira ambientalmente adequada, desde 2002.

Ao optar pelo tipo de embalagem, as empresas devem levar em consideração a reciclabilidade dos materiais a serem utilizados. As embalagens primárias de defensivos agrícolas, que utilizam o plástico, possuem grandes vantagens, como a moldabilidade, resistência e baixo custo, porém deve existir o manejo de forma sustentável, pois, quando vira lixo é um potencial poluidor ao meio ambiente.  Quando gerenciado, de forma responsável, o plástico é uma ótima alternativa. Isso o próprio Sistema Campo Limpo pode comprovar por meio da enorme quantidade de embalagens recicladas que geram benefícios sociais, econômicos e ambientais.

Um paralelo com produtos líquidos consumidos nos centros urbanos, como água, refrigerantes ou outros líquidos encontrados em mercados: existe uma grande quantidade de embalagens produzidas, mesmo assim a indústria de reciclagem possui grande capacidade ociosa, sendo que o que não falta é plástico.

É necessário incentivo e um sistema de logística reversa eficiente que faça os materiais chegarem na mão de um reciclador, em condições de reciclabilidade, ou seja, materiais que são origem para outros artefatos que podem ser transformados, gerando uma circularidade, práticas que otimizam os recursos naturais ao minimizar a formação de lixo em todo o ciclo de produção, aprimorando a sustentabilidade e garantindo a eficiência econômica.

É um jogo em que todos ganham: a economia, a sociedade e o meio ambiente. Hoje o Brasil já é destaque no âmbito mundial com ações sustentáveis, principalmente pelas fontes de energias mais limpas, como etanol, energia solar, hidroeletricidade e energia eólica, quando comparado com combustíveis fósseis. Além das áreas preservadas e com biomas intactos com vegetação natural.

O convite está feito: sejamos a mudança que queremos. Empresas e instituições têm o poder de transformar desafios ambientais em oportunidades, liderar o caminho rumo a um mundo mais equilibrado e criar oportunidades de negócios para melhorar a qualidade de vida de todos.

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