Concessões rodoviárias em 2025: tem espaço para todo mundo

Acontece nesta sexta-feira (14), na B3, o leilão de concessões rodoviárias de Mato Grosso. Para os quatro lotes licitados, 14 propostas foram apresentadas por nove grupos, um resultado expressivo. Sabe-se que 2025 é um ano de relevantes projetos para a infraestrutura rodoviária. São mais de 20 trechos rodoviários que estão programados para serem concedidos ainda neste ano, entre projetos federais e estaduais. 

Diante de tanta oferta, o desafio é tornar cada um desses projetos atrativos o suficiente para permitir uma boa concorrência. Para além do cenário macroeconômico – que influencia a tomada de decisão dos grupos privados –, outros elementos contribuem para essa atratividade: panorama regulatório, solidez dos projetos passados, pipeline de projetos futuros, regramentos contratuais adequados, confiabilidade dos programas de governo para a infraestrutura, segurança jurídica, dentre outros elementos.

Conheça o JOTA PRO Poder, plataforma de monitoramento que oferece transparência e previsibilidade para empresas

Muito tem sido discutido sobre uma potencial concorrência predatória entre estados e também com o governo federal. Se fosse possível fazer uma coordenação de agendas de lançamento de projetos entre os diversos entes, para que houvesse tempo hábil de estudos para cada projeto (o que demanda bastante investimento da iniciativa privada interessada), este seria o cenário ideal. 

Mas a verdade é que o diálogo interfederativo não é assim tão trivial. Ainda mais quando o tempo político é muito restrito, e cada ente tem seu planejamento. E se tem projeto para todos os gostos, será que tem interessados para todos os projetos? 

A boa notícia é que, mesmo em meio a uma grande quantidade de leilões e ao cenário macroeconômico complexo que vivemos hoje, o leilão de Mato Grosso demonstra que existe apetite do mercado e a intenção de entrada de novos players.

O perfil dos proponentes indica que há espaço para os projetos deste ano servirem como porta de entrada de operadores. Também indica que uma boa modelagem regulatória e os demais fatores indicados acima são mesmo relevantes para a atratividade e a segurança dos investimentos.

Há algum tempo, há uma movimentação no mercado para a diversificação dos proponentes em concessões. Desde a Operação Lava Jato, é notável que a ausência de players mais tradicionais abriu as portas para novos operadores. Nas últimas levas de leilões de rodovias, observou-se inclusive a entrada de diferentes parceiros financeiros, como o Grupo Pátria, Kinea e XP.

O caso de Mato Grosso deixa algo muito evidente: diante do volume de projetos de 2025, há espaço no mercado para muitos interessados, inclusive novos entrantes, com diferentes perfis de investimento, o que é positivo para o setor.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.