Mulheres são suspeitas de induzir adolescente a acusar homem de estupro, diz polícia


Homem chegou a ser condenado a nove anos pelo crime e foi preso em abril deste ano. Caso foi registrado em Ponte Alta do Tocantins. Viaturas da Polícia Civil do Tocantins
Reprodução/SSP-TO
Duas mulheres foram indiciadas nesta segunda-feira (9) pelo crime de denúncia caluniosa, suspeitas de terem induzido uma adolescente de 13 anos a acusar um homem do crime de estupro. Segundo a Polícia Civil, uma das mulheres é irmã da adolescente e a outra é servidora pública.
O homem, de 49 anos, chegou a ser condenado a nove anos de prisão pelo crime. A condenação transitou em julgado e ele foi preso em abril deste ano.
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Conforme a polícia, as investigações apontaram que o crime teria sido motivado por intrigas políticas, pois a servidora e o homem condenado concorriam ao cargo de vereador.
Os nomes das mulheres não foram divulgados, por isso o g1 não conseguiu contato com as defesas delas. A reportagem tenta contato com a defesa do homem e também solicitou informações sobre a situação do caso ao Ministério Público, mas não teve resposta até a publicação da reportagem.
O suposto crime teria acontecido em 2012 em Ponte Alta do Tocantins, contra a vítima que na época tinha 13 anos. Segundo a polícia, em um novo depoimento dado em 2023, a jovem afirmou “ter sido induzida pela irmã mais velha e por uma servidora pública municipal, ambas maior de idade, a mentir”.
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Conforme as investigações, o homem era candidato a vereador na época em que foi acusado do crime e a servidora concorria ao cargo, como adversária política. Segundo a polícia, as equipes constataram a inexistência do crime e a motivação política por trás da falsa denúncia. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que irá analisar o caso.
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Prisão
O homem foi preso no dia 23 de abril deste ano. De acordo com a Polícia Civil, ele foi localizado em uma propriedade na zona rural da cidade. Quando foi preso, a condenação já tinha transitado em julgado.
A condenação, segundo a polícia, era de nove anos de prisão e o homem era considerado foragido na época.
Equipes da 81ª Delegacia de Ponte Alta e da 7ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (DEIC – Porto Nacional) apreenderam com ele uma espingarda calibre 22, munições intactas e cartuchos deflagrados de munição calibre 20. Além do mandado, ele também foi preso em flagrante com as armas de fogo e munições, e levado para Unidade Penal Regional de Porto Nacional.
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