Pela quarta semana consecutiva, analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central para a elaboração do Boletim Focus apontam que haverá uma redução da inflação – variação média dos preços de um conjunto de bens e serviços consumidos pelas famílias brasileiras – ao fim do ano. De acordo com os especialistas, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) será de 5,51% em 2025. Há um mês, a estimativa era de que a inflação oficial do país fosse de 5,65%. Para 2026, os economistas projetam um valor ainda menor, na faixa de 4,50%.
Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a economia brasileira capitaneada pelo presidente Lula e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin – e que concentra mais de 97% dos CNPJs na faixa dos pequenos negócios – dá sinais positivos porque investe na distribuição de renda entre os mais vulneráveis e na geração de empregos.
É um setor resiliente, forte e que enfrenta um mercado voraz que não foi feito para eles. São homens e mulheres que nunca desistem. Produzem com a sua criatividade o seu próprio empreendimento.
Décio Lima, presidente do Sebrae.
Abaixo, algumas dicas para garantir uma gestão que permite que o negócio prospere e se mantenha saudável.
Reduza os impactos da inflação no pequeno negócio
A Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae preparou cinco dicas para os pequenos negócios enfrentarem melhor momentos de alta da inflação. Confira:
1. Conhecimento
Empreendedores dos ramos de alimentação (como restaurantes, padarias e mercearias) tendem a ser mais afetados com o aumento do preço dos alimentos. Conhecer a sua real situação financeira e elaborar estratégias contribuem para evitar, quando possível, os repasses ao consumidor, que também sofre com a alta de preços.
2. Atenção
Invista no planejamento orçamentário, monitorando de perto os custos e margens de lucro. Nesse contexto, a boa gestão das finanças torna-se um diferencial competitivo. Coloque os custos em ordem de prioridade: a gestão financeira e o fluxo de caixa devem ser feitos com muita atenção.
3. Mudanças
A diversificação de fornecedores e a adoção de estratégias de precificação mais dinâmicas podem ajudar a mitigar os efeitos da inflação.
4. Negocie
Renegocie dívidas, preços com fornecedores, aluguéis, taxas e financiamentos com instituições financeiras e o que mais pesar no orçamento da empresa.
5. Inovação
Programas de fidelização e diferenciação de produtos ou serviços podem contribuir para manter a clientela, mesmo em um ambiente de alta de preços.