Decidir que uma criança deve iniciar a terapia pode ser um passo importante para o bem-estar emocional e comportamental dela. No entanto, comunicar essa decisão à criança de maneira eficaz é crucial para garantir que ela aceite a ideia de forma positiva. É essencial abordar o assunto com calma e carinho, evitando que a terapia seja vista como um castigo. Em vez disso, deve-se apresentar a terapia como uma oportunidade de crescimento e apoio.
A forma como a terapia é introduzida pode variar de acordo com a idade da criança. Crianças em idade pré-escolar, por exemplo, podem não entender completamente o conceito de terapia, enquanto crianças mais velhas e adolescentes podem ter uma compreensão mais clara, mas também podem ser mais resistentes. A seguir, conforme divulgado pela Pais&Filhos, exploraremos estratégias para abordar a terapia com crianças de diferentes faixas etárias.
Como apresentar a terapia para crianças em idade pré-escolar?
Para crianças em idade pré-escolar, a simplicidade é fundamental. Elas podem não compreender o conceito de terapia, mas podem entender que vão a um lugar para brincar e se divertir. É importante que os pais expliquem que o terapeuta é alguém que quer ajudar a família a encontrar maneiras de tornar o dia a dia mais agradável. A psicóloga Emily W. King sugere que os pais digam algo como: “Vamos conhecer a Dra. Emily para brincar e ela vai nos ajudar a encontrar novas ideias para tornar as coisas mais fáceis em casa”.
Como conversar com crianças de 5 a 10 anos sobre terapia?
Conversar com crianças de 5 a 10 anos sobre terapia exige sensibilidade e uma linguagem acessível, já que nessa idade elas começam a perceber com mais clareza suas emoções e comportamentos. A chave está em apresentar a terapia como um apoio positivo, mostrando que buscar ajuda não é punição, mas uma forma de cuidar do bem-estar. Os pais devem validar os sentimentos da criança e demonstrar que não estão sozinhas.
Como conversar com crianças de 5 a 10 anos sobre terapia:
- Reconheça as emoções da criança: diga que percebe que ela tem se sentido triste, ansiosa ou confusa.
- Explique o papel do terapeuta: apresente o profissional como alguém que ajuda crianças e famílias a se sentirem melhor.
- Use frases acolhedoras: como “Queremos te ajudar a entender melhor o que está sentindo”.
- Evite transmitir culpa: reforce que procurar ajuda não significa que a criança está errada.
- Enfatize o apoio da família: diga que estarão ao lado dela durante o processo.

Como abordar a terapia com adolescentes?
Adolescentes geralmente têm uma compreensão mais clara do que é a terapia, mas podem ser mais resistentes à ideia. É importante que eles sintam que têm um problema que desejam resolver e que a terapia é uma escolha pessoal. Os pais devem focar nas emoções do adolescente, como tristeza ou ansiedade, em vez de comportamentos específicos. Sugerir que a terapia pode ser uma forma de encontrar apoio emocional pode ser mais eficaz. Por exemplo, “Notamos que você tem se sentido muito preocupado ultimamente. Talvez conversar com alguém de fora possa ajudar”. Adicionar informações sobre pessoas que os adolescentes admiram e que também fazem terapia pode normalizar a experiência.
O que fazer se a criança se recusar a ir à terapia?
Se a criança inicialmente se recusar a ir à terapia, é importante continuar a conversa de forma aberta e sem pressão. Os pais podem sugerir que a terapia é uma experiência que pode ser tentada sem compromisso. Além disso, os pais podem procurar orientação de um terapeuta para aprender estratégias de apoio em casa, mesmo que a criança não participe das sessões. Pesquisas indicam que o apoio aos pais pode ser tão eficaz quanto o tratamento direto da criança. Também vale a pena tentar incluir a criança na escolha do terapeuta, para que ela se sinta mais confortável e envolvida.
O que esperar das sessões de terapia infantil?
As sessões de terapia para crianças e adolescentes geralmente combinam atividades lúdicas e conversas. Isso ajuda a criança a se sentir mais à vontade e a expressar seus sentimentos de forma natural. É importante que os pais respeitem a confidencialidade das sessões, permitindo que a criança compartilhe o que desejar no seu próprio tempo. Após as sessões, é recomendável dar espaço para que a criança processe suas emoções antes de discutir o que foi abordado. Além disso, os pais podem esperar orientações sobre como reforçar o trabalho terapêutico em casa.
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