O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, adiantou que o valor de precatórios a serem pagos em 2026 não trará uma “surpresa negativa” ao que já foi enviado no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, que considera um valor de R$ 116 bilhões. Para 2027, o secretário esclareceu que não há uma decisão de governo tomada, mas que, em sua visão, o ideal é essas despesas serem incorporadas às regras vigentes. Como abrir um espaço fiscal na ordem de R$ 40 bilhões não é algo trivial, explicou, uma estratégia para isso seria elevar o limite de gastos.
Ceron reforçou que não há risco para o arcabouço fiscal em 2026, ano eleitoral. Segundo ele, a equipe econômica está comprometida em entregar um resultado primário melhor do que o do ano anterior e que o “calendário eleitoral” não fará o compromisso fiscal ser deixado de lado.
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O impacto externo, trazido mais de uma vez para a conversa pelo secretário, é o que Ceron considera como um ponto de atenção para o seu cenário. “Não posso ser leviano de ignorar um cenário externo que se tornou muito mais complexo. Eu poderia te dar a resposta [sobre um resultado melhor em 2025] com muito mais assertividade dois meses atrás. Era um cenário um pouco mais previsível, é um cenário que qualquer especialista e o grande objeto de discussão no mundo hoje é: o que vai acontecer com a economia mundial? Qual o nível de desaceleração?”
Confira a íntegra da entrevista no canal do JOTA: