Em 2025, o coach Pablo Marçal foi condenado pela Justiça Eleitoral pela segunda vez, devido a práticas consideradas irregulares durante sua campanha para prefeito de São Paulo em 2024. A sentença, proferida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, resultou em sua inelegibilidade por oito anos e uma multa de R$ 420 mil. Esta decisão foi motivada por acusações de abuso dos meios de comunicação, captação e gastos ilícitos de recursos, além de abuso de poder econômico.
Em fevereiro do mesmo ano, Marçal já havia sido condenado por oferecer gravações de apoio a candidatos em troca de transferências financeiras. A nova ação foi movida pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), representado pela deputada federal Tábata Amaral, que também concorreu à prefeitura e denunciou as práticas do ex-candidato.
Quais foram as acusações contra Pablo Marçal?
As acusações contra Pablo Marçal incluíram a monetização de eleitores que divulgassem seus vídeos, prática proibida pela legislação eleitoral. O Ministério Público Eleitoral também solicitou uma investigação sobre o uso de poder econômico para cooptar colaboradores com promessas de ganhos financeiros. Essa estratégia visava a disseminação de conteúdos nas redes sociais e serviços de streaming, caracterizando-se como ilícita e abusiva.
Além disso, Marçal foi acusado de captar recursos de campanha de forma ilícita, sem a devida declaração à Justiça Eleitoral. Isso indicava a existência de uma quantidade financeira não documentada, o que poderia desequilibrar o pleito eleitoral.

Medidas judiciais e impacto nas redes sociais
Em agosto de 2024, a Justiça determinou a suspensão temporária dos perfis oficiais de Marçal nas redes sociais, proibindo a remuneração de colaboradores que divulgassem seus conteúdos vinculados à candidatura. Plataformas como Instagram, YouTube, TikTok e X bloquearam os perfis, mas a comunidade de apoio a Marçal permaneceu ativa no Discord. O juiz observou que Marçal incentivou a continuidade das atividades, resultando em uma multa diária de R$ 10 mil, acumulando R$ 420 mil pela desobediência.
Como a defesa de Marçal respondeu às acusações?
A defesa de Pablo alegou desconhecimento prévio dos fatos e ausência de provas que confirmassem as irregularidades eleitorais. Argumentou ainda que os fatos apontados não tinham gravidade suficiente para desequilibrar o pleito ou influenciar o resultado das eleições. No entanto, o advogado do PSB, Hélio Silveira, afirmou que Marçal “venalizou as eleições”, justificando sua inelegibilidade.
Reações e declarações sobre o caso
A deputada federal Tábata Amaral destacou a importância de denunciar as irregularidades da campanha de Marçal, afirmando que o sucesso dele se baseava no desrespeito às leis. Ela enfatizou que, enquanto outros se omitiram, o PSB teve a coragem de recorrer à Justiça. Até o momento, Pablo Marçal não respondeu às mensagens sobre o caso.
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