Plataforma de petróleo com 176 pessoas a bordo é tomada pelas chamas; veja

Na manhã de segunda-feira (21/4), um incêndio atingiu a plataforma de petróleo Cherne 1 (PCH-1) na Bacia de Campos, localizada no norte do Rio de Janeiro. A plataforma, que atualmente não está em operação de produção de petróleo, abrigava 176 pessoas no momento do incidente. O fogo começou por volta das 7h25 e foi controlado cerca de quatro horas depois, às 11h25.

O acidente trouxe à tona preocupações sobre a segurança das instalações e a integridade das plataformas na região. Durante o incidente, um trabalhador caiu no mar, mas foi resgatado com vida e encaminhado para atendimento médico. Ele sofreu queimaduras leves e estava consciente durante o resgate.

Como o incêndio foi controlado?

O combate ao incêndio na plataforma PCH-1 envolveu o uso de embarcações especializadas conhecidas como Fire Fighters, que foram posicionadas ao lado da plataforma para auxiliar no controle das chamas. A Petrobras, responsável pela operação da plataforma, interrompeu o escoamento de gás como medida de segurança.

As equipes de emergência foram acionadas imediatamente, e o incêndio foi debelado sem maiores danos às instalações. A contagem de todos os trabalhadores a bordo foi realizada, confirmando que todos estavam seguros. As equipes não essenciais foram desembarcadas preventivamente para permitir uma avaliação detalhada da integridade das instalações.

Como o incidente na plataforma impactou?

O incidente na plataforma PCH-1 destaca a importância de manter condições seguras e adequadas para os trabalhadores no setor de petróleo. O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) expressou solidariedade ao trabalhador ferido e reiterou a necessidade de investimentos em manutenção e segurança nas plataformas da Bacia de Campos.

De acordo com o Sindipetro-NF, a falta de investimentos na manutenção das plataformas tem sido uma preocupação constante, e incidentes como este são vistos como consequência do desmonte da indústria nacional do petróleo. A segurança dos trabalhadores é uma prioridade, e medidas adicionais podem ser necessárias para evitar futuros acidentes.

Quais medidas serão tomadas?

Após o controle do incêndio, a Petrobras anunciou a formação de uma comissão para investigar as causas do incidente na plataforma PCH-1. A investigação buscará identificar falhas e propor melhorias para evitar a recorrência de eventos semelhantes. A segurança das operações é uma prioridade, e as conclusões da investigação poderão levar a mudanças significativas nos protocolos de segurança.

Além disso, a empresa está comprometida em garantir que todos os trabalhadores recebam o suporte necessário, incluindo assistência médica e psicológica, se necessário. A integridade das instalações será avaliada detalhadamente antes que qualquer operação seja retomada na plataforma.

“Infelizmente, o que vemos hoje são as consequências práticas do desmonte da indústria nacional do petróleo. O sucateamento da Bacia de Campos, além dos prejuízos econômicos, coloca em risco a vida dos trabalhadores. Não é por acaso que acidentes como esse têm se tornado mais frequentes”, afirma a direção do Sindipetro-NF.

Qual o futuro da segurança nas plataformas de petróleo?

Plataforma de petróleo com 176 pessoas a bordo é tomada pelas chamas; veja
Incêndio em plataforma – Foto: Reprodução/X

O incidente na PCH-1 serve como um lembrete da importância de práticas de segurança rigorosas na indústria do petróleo. Com a crescente demanda por energia e a complexidade das operações offshore, garantir a segurança dos trabalhadores e a integridade das instalações é crucial.

1. Cultura de Segurança e Treinamento:

  • Prioridade à segurança: Uma cultura onde a segurança é o valor fundamental, acima da produção, é essencial. Isso envolve o comprometimento da alta gerência e a participação ativa de todos os trabalhadores.
  • Treinamento contínuo: Todos os funcionários devem receber treinamento adequado e regular sobre os procedimentos de segurança, o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), os riscos específicos da plataforma e as ações em caso de emergência. Simulações de emergência são cruciais para preparar a equipe.
  • Comunicação aberta: Canais de comunicação eficazes devem existir para que os trabalhadores possam relatar preocupações de segurança, identificar perigos e compartilhar sugestões de melhoria.

2. Gerenciamento de Riscos e Prevenção de Acidentes:

  • Identificação de perigos e avaliação de riscos: Análises de risco detalhadas devem ser realizadas para identificar todos os perigos potenciais (incêndios, explosões, vazamentos, quedas, etc.) e avaliar a probabilidade e a severidade de suas consequências.
  • Implementação de medidas de controle: Com base na avaliação de riscos, medidas de controle devem ser implementadas para eliminar ou reduzir os riscos. Isso pode incluir alterações no projeto, instalação de barreiras de segurança, procedimentos operacionais seguros e sistemas de proteção.
  • Manutenção preventiva: A manutenção regular e rigorosa de todos os equipamentos e sistemas da plataforma é fundamental para prevenir falhas que possam levar a acidentes. Isso inclui inspeções, testes e reparos programados.
  • Permissões de trabalho: Tarefas de alto risco devem ser realizadas sob um sistema de permissão de trabalho, que garante que os perigos foram avaliados e as precauções necessárias foram tomadas antes do início da atividade.
  • Tecnologia e automação: A utilização de tecnologias avançadas, como sistemas de monitoramento contínuo de gases, sistemas de parada de emergência (ESD) e automação de processos, pode reduzir a exposição dos trabalhadores a riscos e aumentar a segurança.

Investimentos contínuos em tecnologia, treinamento e manutenção são essenciais para prevenir acidentes e proteger vidas. A indústria deve permanecer vigilante e proativa na implementação de medidas de segurança, garantindo que eventos como o ocorrido na Bacia de Campos sejam cada vez mais raros.

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