
Crime aconteceu em Esperantina e homem, de 38 anos, chegou a cortar os cabelos da vítima e mantê-la nua em casa para que ela não fugisse. Juiz decretou prisão preventiva do réu. Fórum da Comarca de Augustinópolis
Divulgação/Cecom/TJTO
O lavrador Claudísio Vieira Barros, de 38 anos, foi condenado a 25 anos e nove meses de prisão por ameaça, lesão corporal, estupro e cárcere privado contra a companheira. A decisão é da 2ª Vara de Augustinópolis e ele deverá cumprir a pena inicialmente em regime fechado.
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O crime acontece no dia 9 de janeiro deste ano, no município de Esperantina, no Bico do Papagaio. Conforme o processo, o lavrador manteve a companheira presa por pelo menos 16 horas e, além de cometer diversos abusos, ameaçando a mulher com uma espingarda, ele ainda cortou o cabelo da vítima com uma faca, proferindo diversos xingamentos.
A decisão cabe recurso e a defesa de Claudísio informou que esta “é uma sentença de primeiro grau, a qual já houve interposição de recurso de apelação”.
Em depoimento que está na decisão, a vítima informou em juízo que precisou mentir que iria marcar uma consulta no hospital para ir até a casa da irmã. Isso porque o réu só permitia que ela saísse com ele e os amigos dele.
A vítima e a irmã foram em alguns locais da cidade e pararam na frente da casa de uma amiga, onde ficaram bebendo e conversando sobre a vida. Claudísio chegou ao local e a obrigou a ir para casa com ele.
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Quando chegaram, as ameaças começaram, segundo a vítima. Entre as 22h e as 14h do dia seguinte, ele a enforcou, cortou o cabelo dela e a obrigou a ter relações sexuais com ele sem consentimento. Tudo isso sob a mira de uma espingarda. Ele também a manteve sem roupas para evitar que ela fugisse.
No dia seguinte ela conseguiu escapar e procurou ajuda. Foi levada para fazer exame de corpo de delito e tinha diversos hematomas pelo corpo, além de ferimentos na boca.
Na decisão, o juiz Alan Ide Ribeiro da Silva fixou a pena diante da comprovação dos crimes por meio das provas testemunhais e laudos da perícia. Também manteve a prisão preventiva de Claudísio, determinada durante o inquérito policial que considerou o fato do réu ser reincidente nas agressões contra a vítima.
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