Caso do aço e alumínio pode reabilitar OMC; Brasil pode levar disputa à Genebra, como já fez Canadá

O governo brasileiro pode levar o caso das tarifas americanas sobre as importações de aço e alumínio à Organização Mundial de Comércio (OMC), como fez na última quinta-feira (13/3) o Canadá e como disseram que fariam os chineses.

Todos sabem que o organismo já não tem os mesmos poderes para conciliar este tipo de disputa como no passado. Os próprios Estados Unidos se encarregaram, tanto nas administrações republicanas e como democratas, de emperrar a OMC nos últimos anos.

Assine gratuitamente a newsletter Últimas Notícias e receba as principais notícias jurídicas e políticas do dia no seu email

No entanto, trazer a questão à baila é sinal de que pretende diferenciar-se da administração americana com suas decisões de momento, seguir as vias institucionais, buscar o multilateralismo e brigar por uma melhor governança internacional. É o que uma fonte do governo chamou de “lógica da legitimidade”

Estes são temas caros à agenda da política externa brasileira, que ganharam ímpeto na presidência temporária do G20 no ano passado, na do BRICS este ano e da própria COP30.

“Se você é um país que defende o multilateralismo e a OMC, como fizemos no G20, você tem que recorrer. Você não perde nada. Como você é a parte mais frágil, você tem que trabalhar com a lógica da legitimidade”, disse.

Existe a aposta de alas dentro do governo de que este pode ser um caminho justamente para reabilitar a combalida OMC. Pode ser também, se seguido por outras nações, maneira de isolar simbolicamente os EUA.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.