Os melhores querem estar nas melhores: integridade e ética como ativos estratégicos

Sabemos que ética e integridade são requisitos para o sucesso real de qualquer negócio. Mais do que conceitos abstratos, são a base para a construção de relações de confiança com clientes, investidores, colaboradores e com a sociedade como um todo.

Em adição às questões legais e mesmo morais, acredito em uma visão estratégica da integridade nas organizações. Quando fazem o certo sempre, além de se manterem em conformidade com as regras e contribuírem para a redução de riscos operacionais, as empresas criam um cenário favorável à superação de desafios e ao crescimento sustentável.

Mais ainda: ao adotar práticas éticas e atuar com transparência e responsabilidade, as empresas experimentam ganhos consistentes em credibilidade e reputação – ativos indispensáveis em qualquer segmento de atuação.

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Credibilidade e reputação sólidas não atraem apenas novos negócios e investimentos – atraem talentos, e os retêm também. A integridade como elemento da cultura organizacional é um fator poderoso para o engajamento de profissionais de diferentes níveis. A empresa capaz de motivar as pessoas com seus valores conquista uma equipe alinhada a seus objetivos, inclusive os mais ambiciosos.

Conquista a confiança dos profissionais nas lideranças, nos processos e no propósito do negócio. Constrói um ambiente positivo, que estimula a produtividade, o apetite por resultados e o compromisso de longo prazo. As melhores pessoas naturalmente querem estar nas melhores empresas – e nessa dinâmica, é muito significativo o papel da conduta íntegra.

O contexto é desafiador: a corrupção é, hoje, um dos maiores problemas enfrentados no mundo corporativo. A pesquisa Perfil do Hotline no Brasil, conduzida pela KPMG, aponta que 28% das ocorrências relatadas em empresas estão relacionadas à corrupção – propina, conflitos de interesse e fraudes.

O dado é alarmante, e reforça a necessidade de uma atuação robusta para alcançar um ambiente de negócios mais confiável e seguro para todos; um ambiente que sustenta não apenas resultados melhores, mas que é fundamental para uma sociedade melhor. 

A consolidação de uma verdadeira cultura de integridade é um processo contínuo, que apenas começa com a adoção de boas práticas de governança e o estabelecimento de instrumentos corporativos que vejo como indispensáveis – políticas e normativas específicas, código de conduta, canal de denúncias, gerenciamento de riscos, conexão entre remuneração variável da alta gestão e resultados nas temáticas de compliance, entre outros.

A integridade ganha vida, mesmo, na experiência diária; nos processos de conscientização e treinamento; na efetiva aplicação das regras; na vivência da ética e da transparência como valores universais; na correta gestão de consequências; nas pequenas e grandes atitudes que inspiram colaboradores, parceiros, fornecedores e clientes.

As lideranças têm aí um papel crucial – ao mobilizar os recursos, habilitar e reforçar mecanismos anticorrupção e de transparência em todos os níveis e incentivar equipes, complementam a estrutura que “faz acontecer” as boas práticas que valorizam o negócio e as pessoas. Especialmente em setores como a construção civil, com seus ciclos de negócio longos e complexos, isso se torna um diferencial competitivo no mercado e de atratividade no aspecto de qualidade empregadora.

Na MRV&CO, por exemplo, temos na ética um guia para todas as ações. Mantemos um programa de integridade reconhecido por dois biênios consecutivos com o Selo Pró-Ética (iniciativa do Instituto Ethos e da Controladoria-Geral da União [CGU] e o mais significativo reconhecimento nacional em integridade empresarial), e caminhamos para a sua renovação.

A MRV foi, também, pioneira em adesão ao Movimento Transparência 100% (primeira iniciativa de fomento à transparência corporativa no Brasil), e sua embaixadora de 2022 a 2024 – destacando-se no combate à corrupção, à fraude e a outras práticas desleais, inspirando lideranças e organizações e honrando a parceria com a Rede Brasil Pacto Global da ONU, da qual é signatária desde 2016. 

Tudo isso demonstra não só o nosso compromisso com a promoção da integridade dentro e fora de casa, mas também o envolvimento real de todos os colaboradores em torno de uma maneira de trabalhar e de fazer de negócios que é recompensadora, de muitas formas. Resultados operacionais, financeiros, reputacionais e, também, pessoais – como o orgulho de fazer parte da construção de um mundo mais justo.

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