Lira fala em legado de ‘cumprimento intransigente de acordos’ em discurso de despedida

Em discurso na última sessão legislativa que coordena, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que deixa como marca de seu legado o cumprimento intransigente de acordos, a defesa da separação entre Poderes e o respeito às prerrogativas parlamentares. Também reforçou “a importância da participação ativa do Poder Legislativo” na confecção do orçamento. Lira ainda citou o pai, o político Benedito de Lira, que faleceu no início do ano e lamentou o fato de ele não estar presente.

“Busquei deixar como marcas de minha presidência o cumprimento intransigente dos acordos firmados, o diálogo incessante e a busca incansável por convergência. Só por isso conseguimos avançar tanto”, afirmou o presidente.

Lira destacou a atuação durante a pandemia de Covid-19 e a aprovação de pautas como a autonomia do Banco Central, a PEC da Transição, a Reforma Tributária, além de marcos regulatórios para infraestrutura, saneamento e transporte. Destacou ainda a criação da bancada negra e agradeceu aos líderes partidários e ao corpo técnico da Câmara.

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O alagoano também aproveitou o discurso para felicitar o sucessor, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB): “Bom trabalho, meu amigo Hugo Mota. É uma alegria passar o bastão para você, depois da costura fina que nos permitiu chegar a um nome de consenso, com ampla capacidade de aproximar opostos. Estou certo do seu sucesso e do sucesso da Nova Mesa Diretora, sempre em favor do nosso Brasil”.

No encerramento do discurso, Lira parafraseou o pai e fez uma homenagem ao prefeito e ex-deputado federal: “Devemos protagonizar a educação pelo exemplo. Devemos demonstrar à sociedade brasileira que, a despeito de nossas bandeiras partidárias, somos adeptos do diálogo sincero, sensato e cortês. Devemos demonstrar que somos capazes de entabular uma dialética honrada e honrosa, respeitável e respeitosa, na construção do nosso futuro e na busca incessante de soluções para quaisquer crises, inclusive a que vivemos”.