Recompensa por informações sobre Maduro aumenta para US$ 25 milhões

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

No início de 2025, os Estados Unidos tomaram medidas significativas contra a Venezuela ao impor sanções a oito autoridades venezuelanas de alto escalão. Essas ações coincidiram com a posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato presidencial. Além disso, a recompensa oferecida pelo governo norte-americano por informações que levem à captura de Maduro foi aumentada para 25 milhões de dólares.

Essas sanções fazem parte de um conjunto de medidas adotadas pelo governo de Joe Biden, em seus últimos dias de mandato. A ação ressalta um esforço contínuo da administração americana para pressionar o governo de Maduro, especialmente após uma eleição controversa em julho. Tanto o partido de Maduro quanto a oposição reivindicaram vitória nessa eleição, aumentando a tensão política no país.

Quem são os novos alvos das sanções?

Entre os novos sancionados estão figuras-chave do regime venezuelano. Hector Obregon, recentemente nomeado como chefe da estatal Venezuelana PDVSA, e Ramon Velasquez, Ministro dos Transportes, foram alvos diretos das medidas norte-americanas. Essas sanções coincidiram com ações semelhantes anunciadas pelo Reino Unido e pela União Europeia, evidenciando um movimento internacional coordenado de pressão sobre o governo venezuelano.

Nicolás Maduro e seus aliados frequentemente desconsideram as sanções, classificando-as como parte de uma “guerra econômica” conduzida contra a Venezuela. Eles sustentam que, apesar das adversidades impostas, o país se mantém resiliente. No entanto, críticos do governo frequentemente apontam as sanções como culpadas pela crise econômica profunda que aflige a Venezuela.

Hector Obregon.

Qual foi a reação internacional às eleições venezuelanas?

O governo venezuelano, por meio de seu tribunal superior e autoridades eleitorais, declarou a vitória de Maduro nas eleições presidenciais realizadas no ano anterior. Contudo, não divulgaram detalhes sobre a contagem dos votos, levando a questionamentos sobre a legitimidade do processo eleitoral. A oposição, por sua vez, alega que Edmundo González, opositor de Maduro, obteve uma vitória significativa e apresentou contagens próprias para suportar essa reivindicação.

O apoio a González não se limitou à Venezuela. Vários governos ao redor do mundo, incluindo os Estados Unidos, reconheceram-no como o presidente eleito legitimamente. Esta controvérsia tem se traduzido em tensões geopolíticas, com observadores internacionais denunciando irregularidades no pleito venezuelano.

Desafios futuros para o governo venezuelano

Nicolás Maduro tem conseguido se manter no poder desde 2013, apesar da pressão constante das administrações dos Estados Unidos. Esse apoio se deve, em parte, à lealdade das forças militares venezuelanas, bem como ao respaldo internacional de países como China, Rússia e Irã. As novas sanções vêm em meio a um momento de transição política nos EUA, com a iminente posse de Donald Trump para um segundo mandato presidencial.

A resistência do governo venezuelano às sanções é vista como um reflexo de sua capacidade de manobra política, apesar das adversidades econômicas. No entanto, a situação interna continua desafiadora, com protestos e repressões manchando o clima de estabilidade política.

Quais são as perspectivas para a Venezuela?

Com a continuidade do governo de Maduro e a afirmação de sua vitória nas eleições mais recentes, o cenário político venezuelano permanece complexo e instável. As sanções internacionais representam um desafio contínuo, não apenas para o governo, mas também para a população que enfrenta dificuldades econômicas severas.

O futuro da Venezuela depende não apenas das dinâmicas internas, como também da postura da comunidade internacional em relação ao regime de Maduro. Questões como a legitimidade das eleições, a gestão econômica e as relações internacionais serão determinantes nos próximos anos para definir o curso do país.

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