Alta demanda e resquícios da pandemia: o que explica a alta de 14,5% no aluguel de imóveis em São José dos Campos, SP


Dados do FipeZap mostram alta acumulada em 1 ano na cidade. Especialistas falam sobre os aumentos do aluguel. Imagem aérea de São José dos Campos
Adenir Britto/PMSJC
Alugar um imóvel está mais caro em São José dos Campos (SP). De acordo com o levantamento do FipeZap, o preço do aluguel na maior cidade da região registrou alta de 14,5% nos últimos 12 meses. Em maio, a variação foi de 1,69% em relação ao mês de abril.
Segundo o levantamento, entre as cidades do estado de São Paulo que fazem parte da pesquisa, São José dos Campos tem o quinto maior valor médio do aluguel, ficando atrás apenas das cidades de Campinas, Barueri, Santos e São Bernardo do Campo.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp
Ainda de acordo com o índice, em maio, o preço médio do metro quadrado para aluguel de imóvel em São José foi de R$ 41,45; ou seja, para alugar um apartamento de 60 metros quadrados, por exemplo, o consumidor precisa desembolsar, em média, cerca de R$ 2,5 mil por mês.
Nos últimos cinco anos, São José dos Campos é a cidade que teve a maior alta no preço médio do metro quadrado para locação em todo o estado de São Paulo.
Isso porque, em junho de 2019, o índice FipeZap apontava que a média do metro quadrado na cidade era de R$ 21,03. Neste ano, com os R$ 41,45 registrados neste mês, a alta foi de 97%.
Preço do aluguel de imóveis sobe em São José dos Campos
Segundo o coordenador do FipeZap, Alison de Oliveira, o aumento da demanda tem feito com que os valores fiquem altos na cidade.
“Com as taxas de juros elevadas, menos famílias conseguem comprar o imóvel e acabam recorrendo ao aluguel, o que acaba aquecendo o mercado de locação. Com esse aumento da demanda e a oferta não respondendo a esse aumento, acaba se refletindo nesse aumento de preço que a gente observa”, explicou.
Entre os fatores que contribuem para o aumento em São José está a chegada de novas famílias para trabalhar e morar na cidade, além dos resquícios da pandemia da Covid-19.
“Na época de pandemia, nós tivemos o IGP-M chegando a 37% e os proprietários não aplicaram os reajustes nesses contratos. Muitos contratos foram aplicados 10%, aluguéis que foram mantidos. Esses aluguéis ficaram represados e hoje eles estão atualizando ao preço de mercado”, disse Alexandre Mendes de Paiva, corretor de imóveis na cidade.
Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina
Adicionar aos favoritos o Link permanente.