Entenda por que presos em crimes de grande repercussão são levados para presídios em Tremembé, SP


Complexo prisional na cidade conta com cinco presídios e recebe presos famosos ou envolvidos em crimes de grande repercussão, como Robinho, o motorista do Porsche e Cristian Cravinhos. Nesta quinta, Lessa foi transferido para uma prisão da cidade. Penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, a P1 de Tremembé
Laurene Santos/TV Vanguarda
Localizada a 172 quilômetros de distância da capital paulista, a pequena Tremembé, no interior de São Paulo, conta com pouco mais de 51 mil habitantes. Outra população da cidade, no entanto, chama a atenção: a carcerária.
Em seu território, Tremembé abriga cinco unidades prisionais, sendo três masculinas e duas femininas. A mais conhecida é a Penitenciária 2 “Dr. José Augusto Salgado”, conhecida como ‘presídio dos famosos’.
Nesta quinta (20), no entanto, foi a P1 de Tremembé, um presídio de segurança máxima que está atualmente superlotado, que recebeu um preso envolvido em um caso de grande repercussão.
Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o ex-policial militar Ronnie Lessa foi transferido para Tremembé. Ele está preso desde março de 2019 por participar da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
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Lessa será transferido para Tremembé
Tremembé receber presos considerados ‘famosos’ não é coincidência. O padrão é adotado há muitos anos pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e visa garantir a segurança e a privacidade dos internos.
Não há mudança nos procedimentos e tratamento aos presos com relação às demais unidades do Estado. A diferença é apenas no perfil dos presos nas unidades, a fim de evitar conflitos.
Os principais destinos são a P2 de Tremembé e a P1 Feminina, por exemplo, que não abrigam líderes de facções, mas recebem presos em crimes de repercussão, políticos, médicos e agentes de força de segurança.
Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2 de Tremembé, no interior de São Paulo
Laurene Santos/TV Vanguarda
No caso da P2, desde março de 2002, a Penitenciária recebe presos que “pela profissão que exerciam ou por alguma outra razão, corriam risco de vida em outras unidades prisionais”.
A unidade, no modelo atual, foi criada após desativação do Carandiru, concluída definitivamente em 2002, após o massacre de 10 anos antes, em que 111 detentos morreram. O objetivo é preservar a integridade dos internos.
Atualmente, ela abriga presos como o ex-jogador de futebol Robinho, o motorista do Porsche Fernando Sastre e Cristian Cravinhos. Por lá já passaram detentos como Alexandre Nardoni e Mizael Bispo – relembre todos os presos famosos de Tremembé.
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Outra penitenciária na cidade também segue o mesmo padrão de receber presos por crimes de repercussão: a P1 Feminina “Santa Maria Eufrásia Pelletier”.
A unidade já teve no rol de detentas Suzane Richthofen, condenada pela morte dos pais em 2002, além de Elize Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido em 2012. Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte de Isabella Nardoni, em 2008, também cumpriu parte da pena na unidade.
Chegada do ex-policial militar Ronnie Lessa na penitenciária de Tremembé
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