É #FAKE que uso de drones civis no RS tenha sido proibido para evitar que população questione governo sobre mortos


Zona de Restrição de Voos foi criada pela FAB para garantir que aeronaves envolvidas nas buscas e resgates possam atuar sem risco de colisão com drones recreativos nas áreas afetadas pelas inundações. É #FAKE que uso de drones civis no RS tenha sido proibido para evitar que população questione governo sobre n° de mortos
Reprodução
Circula nas redes sociais um vídeo no qual uma motorista, supostamente gaúcha, insinua que a proibição do uso de drones civis em áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul seja uma tentativa de impedir que a população registre imagens de corpos boiando e questione o número de mortos divulgado diariamente pelo poder público. Isso é #FAKE.
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g1
Na gravação, realizada com o carro em movimento, a mulher diz que o número oficial de óbitos seria pequeno, comparado ao tamanho da área atingida pelas inundações.
“Eles não querem deixar drones dos civis sobrevoarem áreas atingidas. Será que é porque não querem aumentar o numero de mortes? Será que é porque aquelas denuncias feitas de corpos boiando sejam reais? […] Com todo o respeito, 100 mortes? Mais de 50% do nosso estado foi atingido… 100?”, diz a moça.
A gravação foi compartilhada por diversas páginas, em diferentes redes sociais. Em uma delas, o vídeo possui quase 120 mil visualizações. O g1 não conseguiu identificar a motorista ou localizar sua publicação original.
Em 4 de maio, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Força Aérea Brasileira (FAB), estabeleceu uma Zona de Restrição de Voos no território gaúcho. Com isso, drones não cadastrados nos órgãos competentes para atuar nas operações de resgate ficaram proibidos de levantar voo nas áreas inundadas.
“A medida é de caráter temporário e ainda sem previsão para ser retirada. O intuito do Decea é coibir os voos irregulares ou desconhecidos que possam colocar em risco a segurança da navegação aérea local, das operações aéreas tripuladas em si”, dizia o comunicado divulgado pelo órgão.
Caso a medida seja desrespeitada, quem estiver no controle do drone ficará sujeito a sanções penais, civis e administrativas, previstas em lei.
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Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, a criação da Zona de Restrição ocorreu após informações de que uma aeronave que atuava nos resgates teria se envolvido em um quase acidente com drone.
Bombeiros e policiais militares também alertaram o Decea sobre o risco de haver aeronaves não autorizadas sobrevoando as áreas de busca durante a atuação das equipes.
Quanto a alegação de que estariam divulgando um número baixo de óbitos por interesses políticos, a Defesa Civil afirmou que todos os seus dados são fornecidos e checados por órgãos públicos ligados à Secretaria da Segurança Pública (SSP) do estado, como a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias.
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